quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Esgotamento dos Recursos Hídricos

Esgotamento dos Recursos Hidricos


Revisão Bibliográfica: " degradação generalizada e o aprofundamento da escassez dos recursos do solo e da água colocaram em risco vários sistemas essenciais de produção alimentar no mundo, aponta um novo relatório da FAO, publicado hoje. O relatório fornece, pela primeira vez, uma avaliação global do estado dos recursos dos solos do planeta: 25% estão degradados. Segundo o documento, a degradação e a escassez dos solos e da água impõem um novo desafio à tarefa de alimentar uma população mundial que deve chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050.
        O Estado dos Recursos Solo e Água no Mundo para a Alimentação e Agricultura (SOLAW) observa que, embora os últimos 50 anos tenham testemunhado um notável aumento na produção alimentar, "em muitos locais, as conquistas têm sido associadas a práticas de gestão que têm degradado os sistemas solo e água, sobre os quais a produção alimentar depende ".
        Ainda segundo o estudo, 8% dos solos estão moderadamente degradados, 36% estão estáveis ou levemente degradados e 10% estão classificados como "em recuperação". O resto da superfície terrestre do planeta está descoberta (cerca de 18%) ou coberta por massas de água interiores (cerca de 2%). Os dados incluem todos os tipos de terras. A definição de degradação da FAO vai além do solo e degradação da água. Ela abrange outros aspectos dos ecossistemas afetados, como a perda de biodiversidade.
       Grandes extensões de terra em todos os continentes são alvos, com uma incidência particularmente alta ao longo da costa oeste das Américas, na região mediterrânea do sul da Europa e Norte da África, no Sahel, no chamado Chifre da África (no nordeste do continente africano) e em várias partes da Ásia. A maior ameaça é a perda de qualidade do solo, seguido da perda de biodiversidade e do esgotamento dos recursos hídricos.
Atualmente, cerca de 1,6 bilhão de hectares dos melhores e mais produtivos solos do mundo são utilizados para o cultivo. Partes destas áreas estão sendo degradadas devido às práticas agrícolas que causam erosão hídrica e eólica, perda de matéria orgânica, compactação do solo superficial, salinização e poluição do solo e perda de nutrientes.
      Alguns sistemas "enfrentam o risco de um colapso progressivo da sua capacidade produtiva devido a uma combinação entre a excessiva pressão demográfica e a prática insustentável da agricultura”, diz o relatório.
Nenhuma região está imune: podem ser encontrados sistemas sob risco em todo o mundo, desde as terras altas dos Andes até às estepes da Ásia Central, passando pela bacia do rio Murray-Darling na Austrália e no interior dos Estados Unidos.
      o mesmo tempo, o relatório sugere que, uma vez que as limitações dos recursos naturais são cada vez maiores, a competição por terra e água será universal. Haverá competição para uso urbano e industrial, bem como no setor agrícola, entre pecuária, culturas básicas, culturas não-alimentares e produção de biocombustíveis.
Além disso, prevê-se que as mudanças climáticas irão alterar os padrões de temperatura, precipitação e das correntes dos rios, dos quais os sistemas mundiais de produção alimentares dependem.
O texto observa que o desafio de fornecer alimentos suficientes para um planeta com registros crescentes de fome crônica nunca foi tão grande – especialmente nos países em desenvolvimento onde solos de qualidade, nutrientes e água são menos abundantes.
"O relatório SOLAW destaca que o impacto coletivo das pressões e as consequentes transformações agrícolas colocam alguns sistemas de produção em risco de colapso tanto do ponto de vista da sua integridade ambiental como da própria capacidade produtiva. Os sistemas podem simplesmente não ser capazes de responder à demanda da população mundial até 2050. As consequências, em um contexto de fome e pobreza, são inaceitáveis. A decisão de corrigir isso deve ser tomada agora ", disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.
Entre 1961 e 2009, as terras cultiváveis no mundo cresceram 12%, enquanto a produção agrícola aumentou 150%, graças a um crescimento significativo da produtividade das principais culturas.
Mas um dos "sinais de alerta" apontado pelo relatório SOLAW é que as taxas de crescimento na produção agrícola foram diminuindo em muitas áreas e hoje são apenas metade do que eram no auge da Revolução Verde.
O documento retrata um mundo alvo de um crescente desequilíbrio entre a disponibilidade e a procura por terras e água em nível local e nacional. E adverte que o número de áreas que atingiram o limite da sua capacidade de produção aumenta rapidamente.
O SOLAW traz ainda detalhes sobre o aumento da escassez de água. A salinização e a poluição das águas subterrâneas aumentaram, assim como a degradação das massas de água e dos ecossistemas relacionados. Grandes massas de água interiores estão sob a pressão de uma combinação de fluxos reduzidos e uma maior sobrecarga de nutrientes – a acumulação excessiva de nitrogênio e fósforo, por exemplo. Muitos rios não desaguam e os pantanais estão desaparecendo.
Nas principais áreas de produção de cereais do mundo, a extração intensiva de águas subterrâneas está secando os reservatórios de água e prejudicando o acesso das comunidades rurais às águas subterrâneas.
O relatório da FAO adverte que "a dependência de muitos sistemas de produção alimentar em relação às águas subterrâneas, o declínio dos níveis freáticos e a extração contínua de água subterrânea não renovável representam um risco crescente para a produção alimentar local e global".
"Em todo o mundo, os mais pobres têm menos acesso ao solo e água e são apanhados na armadilha da pobreza das pequenas propriedades com solos de má qualidade e alta vulnerabilidade à sua degradação e à incerteza climática", observa o relatório.
Cerca de 40% dos solos degradados no mundo encontram-se em áreas com elevadas taxas de pobreza. Além disso, num sinal de que a degradação é um risco em todos os níveis de rendimento, 30% dos solos degradados do mundo encontram-se em áreas com níveis moderados de pobreza, enquanto 20% estão em áreas com baixos índices.
A FAO estima que em 2050 o crescimento da população e da renda vai exigir um aumento de 70% da produção global de alimentos. Isso equivale a mais 1 milhão de toneladas de cereais e 200 milhões de toneladas de produtos de origem animal produzidos anualmente.
O relatório afirma que "para melhorar a nutrição e diminuir a insegurança alimentar e a desnutrição, a produção agrícola terá de aumentar mais rapidamente que o crescimento populacional. Os padrões de consumo também têm de ser ajustados".
4/5 dos ganhos de produção terão de ocorrer na maior parte das terras agrícolas existentes por meio da intensificação sustentável, que utiliza os recursos do solo e da água sem causar danos."
Referências: https://www.fao.org.br/edsaasa.asp

Conclusão: Muitas fontes e orgãos oficiais, incluindo a ONU e o Governo Federal alertam para um risco iminente da escassez dos recursos hídricos em escala global, trazendo consigo pobreza, crises econômicas e redução drástica da qualidade de vida da população. A água é um bem precioso e práticas de preservação da mesma tanto em ambiente residencial quanto industrial devem ser absorvidas nos hábitos do dia a dia da sociedade. Já é possível observar as consequências do esgotamento dos recursos hídricos nos dia de hoje, como o aumento das queimadas, secas, falhas no abastecimento de água em ambiente urbano e queda na qualidade da mesma. 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Aquecimento Global

Aquecimento Global
Revisão Blibliográfica
      "As últimas décadas têm sido um período de reflexão internacional sobre o meio ambiente. As mudanças causadas pelo aquecimento global propagam incerteza quanto ao futuro de nosso planeta. Na edição de 2000, o World Institute, nos Estados Unidos, alertou para os dois grandes desafios para a sociedade global no século XXI: estabilizar o clima e o crescimento populacional.
       A Terra vem passando por mudanças climáticas decorrentes do aumento da concentração de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera. Os gases causadores deste fenômeno são: Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2O), Hidrofluorcarbonos (HFCs), Perfluorcarbonos (PFCs) e por último o Hexafluoreto de Enxofre (SF6).1 O mais poluente entre eles é o Dióxido de Carbono, cuja concentração na atmosfera saltou de 288 partes por milhão (ppm) no período pré-industrial (até 1750) para 378,9 ppm em 2005, de acordo com o estudo de Schein (SCHEIN,2006). Esse gás é o principal responsável pela retenção do calor na atmosfera, impedindo que a radiação da superfície terrestre seja liberada de volta ao espaço. As principais fontes de emissão desse gás provêm de atividades humanas decorrentes da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, das florestas em decomposição e do desmatamento. Essas atividades geradoras do aumento de gases do efeito estufa causam um efeito global, portanto, nenhum país está imune das conseqüências do aquecimento global, quer seja um agente passivo ou ativo nesse processo.
      O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foi criado em 1988, com a função de analisar, de modo cientifico, técnico e sócio-econômico as informações relevantes sobre mudanças climáticas. Em seu primeiro relatório, advertiu que, para conter o aquecimento global, seria necessário reduzir as emissões de Dióxido de Carbono em aproximadamente 60%. Em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Brasil (Rio 92), foi assinada por quase todos os países, inclusive os Estados Unidos da América, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marco na decisão mundial de enfrentar a ameaça. Dentro do contexto fornecido por essa Convenção foi elaborado, em 1997, em reunião das Nações Unidas no Japão, o Protocolo de Kyoto. Seu objetivo é diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa, sobretudo por meio de compromissos de países ricos no sentido de cortarem suas emissões de acordo com metas quantificáveis. Tais países, responsáveis por 71% da emissão global de CO2, deveriam reduzir em pouco mais de 5% suas emissões, em níveis inferiores aos existentes no ano de 1990, o que deveria ser implementado no período de 2008 a 2012.
      Os sinais das mudanças climáticas parecem óbvios. Cientistas já comprovaram que houve um aumento de 0,7°C na temperatura do planeta nos últimos cem anos2 . Com o planeta mais quente, alguns fenômenos do clima se tornam mais freqüentes e rigorosos, tais como os furacões e tempestades tropicais causadas pelo aumento na temperatura das águas oceânicas. Em 2004, o Estado de Santa Catarina foi cenário do primeiro furacão ocorrido na história do Oceano Atlântico Sul, conhecido como Catarina. Logo em seguida, em 2005, em Nova Orleans, nos Estados Unidos, um novo furacão com ventos em velocidade superior a 200 quilômetros por hora devastou grande parte da costa norte americana.
      Em algumas regiões de altas latitudes, incluindo o Canadá e a Rússia, pode ocorrer um aumento dos índices pluviométricos, o que implicaria em invernos mais chuvosos e mais neve. Enquanto isso, outras regiões têm sofrido o fenômeno inverso. A escassez de chuva intensifica o processo de desertificação, tornando os solos ainda mais secos no verão e, conseqüentemente, provocando a ruína dos produtores rurais.
      O aquecimento global também ameaça vários ecossistemas, como corais e florestas. Muitas espécies estão criticamente ameaçadas de extinção por não serem capazes de se adaptarem ao aumento na temperatura média. A proliferação de espécies de insetos de climas quentes causadores de doenças tende a aumentar, como conseqüência do aquecimento global.
         Outra conseqüência desse fenômeno é a elevação nos níveis dos oceanos, devido ao aceleramento do derretimento das calotas polares. Nos Andes, as geleiras já perderam entre 20% e 30%, aproximadamente, de sua área total nos últimos 40 anos. Na Antártida, em 12 anos foram perdidos 14.000 quilômetros quadrados de gelo4 . A mudança nos oceanos poderia provocar a contaminação dos lençóis de água subterrânea com sal, inundar estradas costeiras, construções e mangues, sepultar partes das maiores cidades do mundo debaixo de água, deixando centenas de milhares, talvez milhões de pessoas desabrigadas.
       Os Estados Unidos são os maiores emissores de gases de efeito estufa na atmosfera. No entanto, não são somente os países desenvolvidos os únicos responsáveis por esse fenômeno. O Brasil, por exemplo, é o quarto maior responsável mundial pelo aquecimento global, não tanto devido aos veículos automotores e indústrias (apenas 25% das emissões brasileiras), mas principalmente em razão do desmatamento da Amazônia, o que representa 75% da contribuição do Brasil às mutações no clima global. Entre 2000 e 2005, o Brasil perdeu mais de 130.000 quilometros quadrados da floresta amazônica, o equivalente à soma das áreas de Portugal e Holanda. Outra ameaça existente é a respeito da bacia hidrográfica da Amazônia, a maior do mundo: caso não sejam tomadas ações efetivas para conter o aquecimento global, corre-se o risco de, no futuro, essa área tornar-se uma savana. 5 Portanto, as medidas que devem ser adotadas para conter o aquecimento global não dependem somente dos países industrializados, principais poluidores, mas também dos países em desenvolvimento, que precisam assumir suas responsabilidades.
       Soluções para conter o aquecimento global precisam ser elaboradas urgentemente, pois é esse o grande desafio e a maior ameaça ao futuro da humanidade. Para o mundo em desenvolvimento, a participação desses países no debate, tanto político como acadêmico, deve ser presente e pró-ativa na elaboração das diretrizes que ditarão o futuro do planeta nos próximos anos. Conforme afirmou José Miguez, coordenador geral de Mudanças Globais de Clima do Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil: “A ênfase (do sumário do quarto relatório-síntese do IPCC) acabou recaindo muito sobre os países do norte, por causa dos autores que redigiram o texto a partir dessa perspectiva”6 . A mesma realidade pode ser transposta a todos os níveis de debate acerca dessa matéria. A América do Sul tem papel preponderante entre os países periféricos quanto ao tema; contudo, é notória a falta de coordenação e de consenso entre os países do continente quando se trata da preservação do meio-ambiente.
       A divisão clássica norte-sul, assim como a conformação dos continentes na cartografia política, se tornam em boa parte irrelevantes ao se tratar do aquecimento global, pois todos sofremos as mesmas conseqüências, que não se restringem somente às partes, mas ao todo: o planeta Terra.
      Se, por um lado, existem muitas divergências no âmbito da política quanto ao tema em questão, um ponto é inegável em relação ao debate sobre o aquecimento global: as barreiras e entraves causados pelo prolongamento da discussão entre os extremos dificultam ações e soluções efetivas para o combate à ameaça global."
Referência: http://www.faap.br/conosureneri/pdf/cetag2.pdf

Conclusões: A maior causa do aumento descontrolado do efeito estufa é a emissão não regulada de carbono á atmosfera, estes provocados principalmente e diariamente por industrias, maquinários e automóveis. Indústrias de matriz energética ineficientes liberam toneladas de gás carbônico diariamente para a atmosfera, fornecendo em troca produtos não necessários e não vitais para a sociedade. É preciso, urgentemente, atualizar o meio industrial para uma matriz limpa, que evita combustíveis fósseis, reações de combustão e o uso descontrolado de automóveis. Como visto, o aquecimento global possui um potencial para prejudicar a sociedade que não pode ser ignorado, seja por meio do aumento da temperatura média do planeta ou pela criação de bolhas de calor em centros urbanos. Já existem tecnologias e meios muito mais sustentáveis para a produção industrial.


domingo, 23 de outubro de 2016

Lista de Ebooks Gratuitos sobre Ciência, Química e o Meio Ambiente

Lista de Ebooks Gratuitos sobre Ciência, Química e o Meio Ambiente


Abaixo, uma lista de ebooks e apostilas úteis sobre Química, Engenharia Ambiental, Legislação Ambiental. Materiais de Estudo criados pelas universidades mais conceituadas do país, gratuitos e a um click de distância!
Uma importante forma de auxiliar o meio ambiente é através da conscientização da população. Descubra quais atitudes você pode tomar no seu dia a dia para ajudar a proteger o meio ambiente para futuras gerações.
Uma iniciativa Rio Azul Química

A Corrosão e a Economia

A Corrosão e a Economia

Revisão Bibliográfica:
       "O governo anunciou que vai investir R$ 5,8 bilhões até 2018 em um programa de recuperação de 2.500 pontes e viadutos em rodovias federais no Brasil. O Programa de Reabilitação de Obras de Arte Especiais (Proarte) partiu da constatação de que 10% das estruturas deste tipo ou 500 pontes e viadutos estão em péssimo estado de conservação e demandam reparos imediatos.
        Nos EUA a situação é parecida. Um programa semelhante só foi lançado depois que uma ponte desabou, com vítimas fatais, em 2007, em Minneapolis. Em 2003, a sociedade americana dos engenheiros da construção civil já havia alertado que 27% das pontes americanas apresentavam falhas estruturais ou corrosão. Seria necessário investir US$ 9,4 bilhões por ano durante 20 anos para eliminar todas as falhas.
       Estudos da década de 1970 nos EUA estimavam os custos da corrosão naquele país em cerca de 4% do PIB, o que hoje chega a quase US$ 600 bilhões.
       Um quinto da produção mundial de aço é destinado a repor perdas causadas pela corrosão. Boa parte desses gastos poderia ser economizada se melhores práticas de manutenção fossem adotadas. Mas essa também não é a regra na maior economia do mundo.
       No Brasil, apesar da criação do Proarte, o problema maior é a falta de base de dados informatizada e única, o que dificulta a sua real avaliação. Já existe tecnologia para gerenciar a manutenção dessas estruturas, racionalizando custos e prevenindo acidentes, como o software desenvolvido pela Petrobras. Os navios passam por um processo contínuo de manutenção de suas estruturas e equipamentos. A cada cinco anos, em média, precisam parar em estaleiro para reparos estruturais.
        Em razão do envelhecimento da frota e da crescente preocupação ambiental, tornou-se fundamental exercer um melhor controle sobre a manutenção dos navios. Da mesma forma, por uma questão de segurança da população, também é da maior importância controlar a manutenção de pontes e viadutos. A boa notícia é que, um software como o da Petrobras está pronto para ser usado nestas estruturas, muito menos complexas do que as de navios. Uma tecnologia desse tipo é capaz de armazenar todos os dados das estruturas em arquivos de fácil acesso a qualquer momento. Isso significa reunir TI, engenharia e gestão para reduzir custos de manutenção e minimizar riscos de acidentes.
       O Brasil tem a oportunidade de sair na frente, com planejamento, sem precisar esperar que, a despeito dos investimentos, suas pontes comecem a cair."
Referências: http://www.rust.com.br/noticias/corrosao-causa-grandes-perdas-em-todo-o-mundo

Conclusões: A corrosão é um fator importante para a proteção do meio ambiente. A falta de proteção de equipamentos metálicos faz com que os mesmos enferrujem e percam assim sua vida útil. Desta forma, força a indústria metalúrgica a repor constantemente tais peças, tornando tal prática insustentável. A melhor forma de se proteger dos prejuízos causados pela corrosão é a sua proteção. Tecnologias são desenvolvidas constantemente para a criação de compostos que retardam ou até neutralizam completamente a corrosão de superfícies metálicas. A prática da proteção da corrosão leva a uma maior vida útil do patrimônio e á economia de recursos naturais.
      Outra via de enfrentamento da corrosão, para pequenas e médias peças é a remoção da ferrugem reciclando assim as peças.

A Poluição causada pelo Óleo de Cozinha Usado

A Poluição Causada pelo Óleo de Cozinha Usado




Revisão Bibliográfica:
       'Sabemos que o Brasil é um país com grande potencial na produção de sementes oleaginosas como: a soja, girassol, amendoim, canola e algodão. Sabemos também que essas sementes são em grande parte utilizadas para a produção de óleos para fritura de alimentos. Estes óleos, por serem uma alternativa simples e rápida na preparação de alimentos, são muito utilizados. Podemos citar também a presença nestes óleos dos ácidos graxos, que apresentam alguns compostos que desempenham papéis importantes na nutrição do organismo humano e animal. (MORETTO e FETT, 1998).
        Com todos esses benefícios citados anteriormente, vieram também os malefícios. A crescente utilização destes óleos tem trazido grande preocupação ambiente, já que sua reutilização torna-se mais difícil a cada reaquecimento no processo para fritura, pois ocasionam alterações químicas e físicas nestes materiais. As alterações físicas vão desde o escurecimento, aumento na viscosidade até diminuição do ponto de fumaça e formação de espuma. As alterações químicas ocorrentes são hidrólise oxidação e polimerização.
        O descarte inapropriado desses óleos já utilizados produz grandes danos ao meio ambiente. Se jogado pelo ralo da pia, provoca o entupimento das tubulações nas redes de esgoto, aumentando em até 45% os seus custos de tratamento (BIODIESEL, 2012).
      Apesar de pesquisas já terem demonstrado que um litro de óleo de cozinha, que vai para o corpo hídrico, contamina cerca de um milhão de litros de água equivalente ao consumo de uma pessoa em 14 anos, só agora os ambientalistas concordam que não existe um modelo de descarte ideal do produto, mas sim alternativas de reaproveitamento do óleo de fritura para a fabricação de biodiesel, sabão e etc (AMBIENTE EM FOCO, 2012).
        Para a efetiva implantação de um projeto de reciclagem desses óleos residuais deve- -se ter participação ativa da comunidade na coleta seletiva deste resíduo. Contudo para implantação de um projeto eficaz de coleta requer uma estrutura organizada de forma a atingir bares, restaurantes, lanchonetes e residências, conquistando assim uma sociedade que gera este tipo de resíduo em larga escala. Após esta coleta estes resíduos podem ser utilizados no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, como na produção de resinas para tintas, detergentes, sabões, amaciantes de roupa, sabonete, rações para animal, glicerina, lubrificantes para motores e o biodiesel.Os óleos residuais de fritura, após sua coleta e reciclagem, podem ser reaproveitados em processos químicos industriais para a produção de novos subprodutos tais como: resinas para tintas, produção de biodiesel e outros produtos para motores, sabões em geral.
      Diante de tudo que foi pesquisado, pode-se perceber que o óleo residual de fritura pode se transformar em matéria prima industrial de grande valor. Na produção do biodiesel, na indústria do sabão, no melhoramento da fabricação de resinas e tintas e na utilização como complemento para alimentação animal. No entanto, com o olhar focado para os combustíveis fósseis, o uso da oleoquímica possui pouca visibilidade e pesquisas para melhoramento nesta área. No entanto com o futuro esgotamento dos mananciais petrolíferos e a crescente preocupação ambiental, esse tipo de material provavelmente ganhará muito espaço na área química."


Referências: VELOSO, Yago Matheus et al. Rotas para reutilização de óleos residuais de fritura. Caderno de Graduação-Ciências Exatas e Tecnológicas-UNIT, v. 1, n. 1, p. 11-18, 2012.

Conclusões: O consumo de óleo de soja, milho e girassol é intensivo na sociedade brasileira atual. Residências, restaurantes e lanchonetes utilizam óleo diariamente e, portanto, produzem resíduos de forma constante. Como visto, poucos litros de óleo possuem um enorme potencial poluidor tanto das águas quanto do solo e a melhor forma de evitar tal conteúdo poluidor é pelo recolhimento e reutilização deste material. Tecnologias para o pré-processamento, limpeza a utilização do óleo usado estão em constantes desenvolvimento, sendo a produção de biodiesel e sabão em barra as tecnologias mais economicamente viáveis. Os resíduos de óleo de soja podem ser utilizados, desta forma protegendo o meio ambiente e causando melhorias para a sociedade. Faça a sua parte e não descarte o óleo diretamente em pias, sempre armazenando os mesmos em garrafas de plástico ou de vidro. No caso de comércios que produzem constantemente resíduos de óleo, esta iniciativa é ainda mais importante.

Lista de Cursos Online Meio Ambiente

Lista de Cursos Online Meio Ambiente

        Abaixo, uma lista de Cursos Onlines, na sua maioria gratuitos, para aqueles que buscam se aprofundar e até se certificar no tema de Meio Ambiente. Segue também e-books gratuitos para melhorar o seu aprendizado. 
      Continue lendo  se informando sobre a natureza e o meio ambiente e o que você pode fazer para contribuir com ele. Esteja sempre atento á novas tecnologias!

Links Úteis

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Meio Ambiente e Sustentabilidade
       
       
       Abaixo, seguem links úteis a cerca de sustentabilidade, meio ambiente e boas práticas que podem ser aplicadas ao dia a dia. É possível, com pequenos hábitos, melhorar a eficiência no uso de recursos naturais renováveis e não renováveis, protegendo e conservando assim o meio-ambiente. Os danos ambientais podem ser sentidos com a redução da qualidade de vida da população, como bolhas de calor, enxentes, má qualidade da água e do ar. Faça a sua parte para a proteção da natureza!













                                                           

sábado, 22 de outubro de 2016

Os Princípios da Química Verde

                                                           
                                                  Os Princípios da Química Verde





1. Revisão Bibliográfica

          “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações”
         Os parágrafos IV e V do artigo 225 falam da necessidade de se exigir um estudo prévio para a realização de atividades potencialmente causadoras de poluição e do controle da produção, comercialização, emprego de técnicas e substâncias que possam acarretar riscos à qualidade de vida e do meio ambiente.
       O Decreto 3.179 de 21 de setembro de 1999 prevê desde multas até a suspensão parcial ou total das atividades para as infrações ou crimes ambientais.ditados para fins de certificação, registro e/ou autodeclaração . As atividades produtivas na área de química são normalmente de risco e potenciais causadoras de poluição, visto que trabalha com substâncias muitas vezes tóxicas e/ou inflamáveis e após um processo químico normalmente geram um “lixo tóxico” que precisa ser tratado (resíduo).
        Inserida neste cenário está a Química Verde, também conhecida como Química Limpa, que é um tipo de prevenção de poluição causada por atividades na área de química. Esta estratégia visa desenvolver metodologias e/ou processos que usem e gerem a menor quantidade de materiais tóxicos e/ou inflamáveis . Neste caso, os riscos seriam minimizados e, uma vez que o processo fosse implantado, os gastos com tratamento de resíduos seriam menores.
        No Brasil, a comunidade química já começa a reconhecer a filosofia da Química Verde como uma estratégia importante no que diz respeito ao problema do meio ambiente, não só nas pesquisas, como na inserção deste conceito nos cursos de graduação.
       A filosofia da Química Verde está baseada atualmente nos seguintes princípios:
• é melhor prevenir que tratar ou limpar resíduos de processos químicos depois de formados;
 • métodos sintéticos devem ser projetados para maximizar a incorporação de toda a massa dos reagentes no produto. Essa idéia introduzida por Trost é conhecida como “Economia Atômica”;
 • sempre que forem viáveis, as metodologias sintéticas devem usar e gerar substâncias o menos tóxicas possíveis à vida humana e ao ambiente;
• os produtos químicos devem ser projetados de forma a ter maior eficiência no cumprimento de seus objetivos, com menor toxidez;
• o uso de outras substâncias durante o processo (ex. solventes, agentes de separação, etc.) deve, sempre que possível, ser desnecessário ou inofensivo quando usado;
 • as exigências energéticas devem ser reconhecidas por seus impactos ambientais e econômicos e precisam ser minimizadas. Métodos sintéticos devem, sempre que possível, ser conduzidos em temperatura e pressão ambientes;
• a matéria-prima deve ser proveniente de fontes inesgotáveis (renováveis);
• deve-se desenhar a metodologia de modo a não precisar de derivatizações como grupos de proteção; • reagentes catalíticos são sempre superiores a reagentes estequiométricos;
• os produtos químicos devem ser desenhados de maneira tal que, depois de terem sido usados, eles não persistam no ambiente e que seus produtos de degradação sejam inócuos;
• métodos analíticos devem ser desenvolvidos para monitorar o processo em tempo real controlando, a priori, a formação de substâncias perigosas e
• as substâncias e a forma como são usadas no processo químico devem minimizar o potencial de acidentes. Podemos encontrar na literatura vários exemplos e estudos da aplicação de alguns destes princípios. Constatamos um esforço da comunidade científica mundial no desenvolvimento de novas metodologias ou no resgate das antigas, que se enquadram dentro desta filosofia.

       Um dos princípios da Química Verde fala sobre processos que usem matérias-primas de fontes renováveis. Um exemplo importante neste sentido, em termos nacionais, está na utilização de cana-de-açúcar. A sua fermentação para a produção de álcool, que pode ser usado como combustível em substituição a combustíveis fósseis, tem sido motivo de discussão no país desde a década de 70 com o Proálcool, levando a muitos progressos. Após uma estagnação por para ver os prejuízos de seus atos. Porém, o planeta Terra já dá sinais claros de seu esgotamento, diminuindo nos dias de hoje a qualidade de vida. Assim, é inevitável olhar para o problema ambiental como algo a começar a ser resolvido agora. Não sendo assim, seremos nós os responsáveis pela nossa própria extinção.O mundo agora procura por progresso baseado no desenvolvimento sustentável. Uma estratégia neste sentido é a Química Verde.
          A Química Verde é, na realidade, uma filosofia. Há tempos atrás um desafio sintético consistia em chegar à molécula alvo. Quando se aplica a idéia da Química Verde, um desafio sintético trata-se de chegar à molécula alvo com uma metodologia que agrida o mínimo o meio ambiente.Cada vez que conseguimos cumprir com alguns dos quesitos da Química Verde, estamos caminhando para uma utilização mais consciente dos nossos recursos naturais e para a manutenção da vida no planeta. É claro que esta não é a única estratégia para isto, mas é importante considerá-la."

REFERÊNCIAS: DA SILVA, Flavia Martins; DE LACERDA, Paulo Sérgio Bergo; JUNIOR, Joel Jones. Desenvolvimento sustentável e química verde. Quim. Nova, v. 28, n. 1, p. 103-110, 2005.

2. Conclusões

        As variações da economia e do mercado atual tem forçado ás empresas a encontrar estratégias de sobrevivência, como a compra de matérias primas mais baratas, melhoramento logístico, implementação de outras tecnologias e, em alguns casos, até a redução da qualidade de seus produtos finais. A indústria Química de Base do Brasil é atrasada se comparada a países mais desenvolvidos e industrializados, oferecendo artigos limitados, pouco acessíveis e de baixa variedade. Devido á priorização á exportação de artigos simples como alcool, soja, óleo e açucar, a Indústria Química brasileira não desenvolveu tecnologias eficientes para o seu crescimento, afetando em cadeia pequenas, médias e até grandes indústrias.
       O atraso tecnológico das plantas químicas brasileiras também se reflete como prejuízos ao meio ambiente, como grande produção de poluentes, mineiração intensiva e altas emissões de carbono. A tecnologia e o estudo da Química Verde pode quebrar este paradigma, permitindo um desenvolvimento industrial em matriz limpa, com respeito ao meio ambiente e, aliado a isso, o crescimento econômico. A Química Verde é uma tecnologia em desenvolvimento, no entanto tem se mostrado promissora e benéfica ao meio ambiente, reduzindo a poluição das águas, do ar e da terra.